Legend
O mundo que conhecemos não existe mais, agora os Estados Unidos se divide em República e Colônias, e essas partes vivem em guerra por poder.
É na República que se passa a história, nesse regime existe uma prova que as crianças fazem ao completarem 10 anos para que sejam designadas para partes da sobrevivência do lugar, alguns vão para campos de trabalho e os melhores vão para grandes universidades e se tiverem um bom desempenho são recrutadas para serem soldados.
June é um prodígio e consegue uma façanha ainda não vista, ela consegue a pontuação máxima nas provas e ruma direto para a universidade aos dez anos, formando-se aos quinze e tornando-se um soldado após a morte de seu irmão.
Day é um garoto de família pobre que teve uma nota muito baixa nas provas e vive como fugitivo da República.
Quando o irmão mais novo de Day, Éden, contrai a praga (uma doença que se espalha pelos subúrbios e que o governo não trata, apenas coloca a casa em quarentena), ele resolve que vai conseguir a cura para seu irmão custe o que custar.
Tentando conseguir a cura o caminho dele cruza com Metias, irmão de June que é assassinado nessa operação fazendo com que a garota tenha sede de vingança e juntando caminhos de pessoas tão diferentes.
Legend é uma distopia alucinante, de tirar o fôlego até o último minuto, sei que sou suspeita de falar, já que gosto muito de distopias, mas confie em mim, é muito bom.
O mundo descrito por Marie Lu não é algo tão longe da realidade assim, o governo mesmo não me parece absurdo, muito pelo contrário, há atitudes que este governo toma ao longo da narrativa que me fizeram pensar muito em campos de concentração.
Os personagens principais possuem uma personalidade forte e bem contundente, não tem como o leitor não se apaixonar por eles.
A parte gráfica do livro é muito bonita, a capa tem uma insígnia militar e os tons são bem militarizados, além das páginas serem manchadas ao redor, o que achei um efeito muito legal.
Legend é com certeza uma ótima leitura.