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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Legend



O mundo que conhecemos não existe mais, agora os Estados Unidos se divide em República e Colônias, e essas partes vivem em guerra por poder.

É na República que se passa a história, nesse regime existe uma prova que as crianças fazem ao completarem 10 anos para que sejam designadas para partes da sobrevivência do lugar, alguns vão para campos de trabalho e os melhores vão para grandes universidades e se tiverem um bom desempenho são recrutadas para serem soldados.

June é um prodígio e consegue uma façanha ainda não vista, ela consegue a pontuação máxima nas provas e ruma direto para a universidade aos dez anos, formando-se aos quinze e tornando-se um soldado após a morte de seu irmão.

Day é um garoto de família pobre que teve uma nota muito baixa nas provas e vive como fugitivo da República.

Quando o irmão mais novo de Day, Éden, contrai a praga (uma doença que se espalha pelos subúrbios e que o governo não trata, apenas coloca a casa em quarentena), ele resolve que vai conseguir a cura para seu irmão custe o que custar.

Tentando conseguir a cura o caminho dele cruza com Metias, irmão de June que é assassinado nessa operação fazendo com que a garota tenha sede de vingança e juntando caminhos de pessoas tão diferentes.

Legend é uma distopia alucinante, de tirar o fôlego até o último minuto, sei que sou suspeita de falar, já que gosto muito de distopias, mas confie em mim, é muito bom.

O mundo descrito por Marie Lu não é algo tão longe da realidade assim, o governo mesmo não me parece absurdo, muito pelo contrário, há atitudes que este governo toma ao longo da narrativa que me fizeram pensar muito em campos de concentração.

Os personagens principais possuem uma personalidade forte e bem contundente, não tem como o leitor não se apaixonar por eles.

A parte gráfica do livro é muito bonita, a capa tem uma insígnia militar e os tons são bem militarizados, além das páginas serem manchadas ao redor, o que achei um efeito muito legal.

Legend é com certeza uma ótima leitura.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Adeus, por enquanto



Antes de mais nada eu queria só agradecer muito a editora Paralela, ganhei o livro que vou resenhar agora de um sorteio entre blogs e quase não me aguentei de felicidade quando o livro chegou.

Sam é um programador de software que trabalha numa empresa que desenvolve programas para sites de relacionamentos do tipo que encontra o par perfeito.

É pedido para ele que desenvolva um programa para formar casais, e ele executa a tarefa, só que ele não busca os casais por seu perfil, o software dele investiga toda a vida online da pessoa e busca quem tem os interesses parecidos.

Para testar seu programa ele tenta consigo mesmo, e eis que conhece Meredith que trabalha na mesma empresa que ele, só que nos setor de marketing.

O programa é tão revolucionário que Sam e Meredith logo apaixonam-se e ele é demitido, já que o programa é tão eficiente que as pessoas se conhecem e cancelam seu perfil no site por não precisar mais dele.

Quando Livvie, avó de Meredith, morre repentinamente Sam busca um meio de reanimar a namorada e cria  um software baseado em toda a vida online de Livvie, e faz com que esta converse com a neta como se ainda fosse viva, tanto por vídeo como por e-mail.

Dash, primo de Meredith vendo aí uma oportunidade de negócios sugere que isso seja feito para quem quisesse conversar com um ente querido já falecido, dando origem assim ao RePose.

Quando vi esse livro pela primeira vez pensei que fosse espírita, já que a frase de destaque na capa diz "E se o amor continuasse além da vida?", mas não é, é na verdade um livro que trata de algo que você que está aí nunca parou para pensar realmente, que é a morte, não do ponto de vista de quem morre, mas toda a dor dos amigos e familiares que permanecem vivos.

São várias as passagens que mostram o quanto a vida é frágil e como a dor da perda pode ser aterradora.

Esse livro não é uma obra alegre, na maior parte dele deparamos com a morte capítulo a capítulo, me arrisco até mesmo a dizer que há partes em que é até mesmo doloroso ler, mas é um livro também de superação, então para todos os que pensam que a morte é o fim, aconselho que leiam Adeus, por enquanto.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A Menina que Roubava Livros



Já peço desculpas antecipadas a todos estes que neste momento estão lendo essa resenha, porque não sei se serei capaz de conseguir expressar em palavras o tanto que este livro mexeu comigo.

Liesel Meminger é uma garotinha de nove anos que vive na Alemanha e é deixada pela mãe com um casal para que estes a criem como filha, ela deveria ser entregue a esse casal junto com seu irmão menor de seis anos, mas este morre no caminho, uma marca que persegue a garota por muito tempo.

Liesel passa a morar então com Hans e Rosa Hubermann na rua Himel, e é claro que essa experiência causa alguma estranheza no começo, mas aos poucos a menina vai se adaptando a nova vida.

Cada pessoa naquela rua tem seu detalhe, como a senhora Holtzapfel que tinha desavenças com a senhora Huberman e sempre que passava diante de sua casa cuspia na porta, ou Rudy, um ano mais velho que Liesel e vizinho que acabou por tornar-se o melhor amigo da garota. 

O título do livro diz respeito a uma característica da menina que, logo no início, no enterro de seu irmão já se mostra presente, ela encontra um livro na neve, O Manual do Coveiro, e pega para si como a última lembrança de seu irmão.

Tudo poderia parecer muito comum, se Liesel não fosse uma criança na Alemanha nazista exatamente na época da Segunda Guerra Mundial tendo que conviver com tudo o que isso implicava em seu dia-a-dia, isso desde a obrigação de exaltar Hitler até ter que conviver com o ataque aos judeus.

Essa trama escrita por Markus Zusak é emocionante e me fez pensar em partes da guerra que eu nunca questionei, talvez por ter nascido muito depois do fim da guerra, ou porque essa realidade parece mais uma história de terror que a verdade, nunca me perguntei como as pessoas, que não eram a favor de todo aquele horror viviam, ou como poderia ser seus dias e o que tinham que passar por conta de suas escolhas.

Os personagens da trama são muito bem construídos, a própria Liesel parece-se com uma garotinha no início, e ao longo do livro vamos acompanhando seu crescimento e como pode ser capaz de passar por tantas coisas em tão pouco tempo, e ainda assim ser apenas uma criança normal.

Os pais adotivos da menina também são um capítulo a parte, já que são tão sólidos que até sinto que são verdadeiros, que são pessoas que existiram na realidade e não apenas na imaginação do autor.

Um detalhe interessante, é que a historia não nos é contada por Liesel, o narrador é a Morte, que achei muito justo, já que em uma guerra, esse é o personagem mais presente.

Esse romance não é de forma alguma leve ou bonitinho, então para quem quer ler um romancezinho comum e feliz, descarte esse livro de imediato, esse é um livro forte e retrata a guerra como ela era na verdade, como todo o povo sofria e como o medo reinava o tempo todo.

Para quem gosta de ficar pensando por muito tempo não só no livro que leu, mas em como uma história é capaz de modificar sua percepção perante a vida não espere nem mais um minuto e vá ler A Menina que Roubava Livros. 



 
 

domingo, 19 de maio de 2013

Orgulho e Preconceito


Elizabeth é a segunda filha de uma família com cinco moças, e é considerada pelo pai a mais esperta dentre as filhas, já a mãe a tem como a filha de quem menos gosta.

Um grande alvoroço começa na casa quando ficam sabendo que um homem que recebe 4  mil libras ao ano (seja lá o que isso quer dizer) e que assim, é considerado um homem rico e objeto de desejo de Sra. Bennet como marido de uma das suas filhas alugou uma casa nas redondezas.

Quando um baile ocorre na cidade e Sr. Bingley, o solteiro cobiçado, aparece todos voltam sua atenção para ele e seus amigos, dentre eles um homem chamado Sr. Darcy, que é ainda mais rico que seu amigo, mas, no entanto é também bastante desagradável.

A partir desse momento, sempre que encontra Sr. Darcy, Elizabeth não perde uma oportunidade de provocá-lo e mostrar o quão pouco gosta dele.

A história decorre repleta de surpresas e tenho que dizer, que nessa narrativa as pessoas nem sempre aparentam ser o que são.

Sou forçada a dizer que já tinha esse livro na minha estante a algum tempo e por um certo receio quanto a clássicos (graças ao colegial), eu ainda não tinha lido.

Já faz algum tempo, porém que a autora é mencionada em canais que eu acompanho e resolvi me arriscar com a leitura, já que tanta gente em cuja opinião eu levo em conta recomenda esse romance.

E levar em conta essas opiniões não me decepcionaram, o romance é uma delícia, a escrita não é difícil, mesmo tendo sido lançado em 1813 e, por incrível que pareça, as pessoas retratadas ainda são gêneros que existem e se você pensar um pouco com certeza conhece por aí uma Sra. Bennet ou uma Lydia.

A adaptação mais recente para o cinema foi lançada em 2006 e é bem condizente com o livro, além de ter paisagens lindas e cenas emocionantes.

Minha única ressalva ao livro é quanto a minha edição, em que todos os Sr. e Sra. (que tem um bocado), são em inglês (Mr. e Mrs.).

Para todos aqueles que ainda receiam os clássicos, garanto que irão gostar bastante desse e suspirar como eu.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

TAG: Mundo Y.A

Essa TAG foi desenvolvida pela Tatiana Feltrin do blog http://frappuccinomochabranco.blogspot.com.br/, vamos as perguntas?

1) YA contemporâneo, sobrenatural ou de fantasia?
Eu, particularmente, gosto mais dos de fantasia ou sobrenatural, acho que são mais interessantes.

2) Qual seu autor YA preferido?
Cornélia Funke, pela profundidade de sua trilogia Mundo de Tinta.

3) Qual a melhor capa de livro YA da sua coleção?
Gosto muito das capas de Fallen, acho que são lindas

4) Qual a melhor série YA?
Com certeza Harry Potter, é a melhoe de todos os tempos.

5) Qual o melhor livro YA avulso?
O Circo da noite, que é fascinante.

6) Você conhece e gosta de algum YA brasileiro?
Para falar a verdade não, comprei Fios de Prata do Raphael Draccon a pouco tempo, mas ainda não li.

7) Qual o Ya mais engraçado/ divertido que você já leu?
Eu li somente o primeiro livro do Diário da Princesa quando era adolescente e achei bem divertido.


8) Qual foi a maior "surpresa" YA?
Harry Potter, com certeza, já que eu não entendia porque todo mundo gostava tanto, isso até ler o primeiro livro e me apaixonar.

9) Qual foi o YA mais decepcionante?
A série Hush Hush, que não foi tudo o que eu esperava!

10) Qual a melhor adaptação para o cinema de um livro YA?
Essa é difícil, mas a melhor julgo ser o terceiro livro da série Harry Potter, que é bem fiel ao livro e tão emocionante quanto.

Dezesseis Luas



Já vou começar essa resenha sendo muito sincera, já que comecei a ler esse livro porque todo mundo falou que este é um dos filhos de crepúsculo e eu quis tirar minhas próprias conclusões.

A verdade é que estão certos, é um dos livros que vieram na onda de crepúsculo, mas é interessante ao seu modo.

Ethan é um garoto de 16 anos que vive em Gatlin, uma cidade pequena que como tal tem suas particularidades de cidade pequena, como todo mundo conhecer todo mundo desde sempre.

As coisas mudam quando Lena Duchannes chega a cidade para morar com seu tio, o velho Macon Ravenwood, um homem que nunca é visto e que a cidade toda julga ser alguém de quem deve-se manter distância, numa cidade dominada pela boa conduta social, Macon é o tipo que se julga ter pacto com o demônio.

A chegada de Lena deixa a cidade em polvorosa, e depois que um acidente em que uma janela estoura na sala de aula, a garota passa a ser perseguida por todos, menos por Ethan, que sente-se atraído por ela de uma forma que não tem explicação.

Bem, aí está algo realmente como crepúsculo, um casal de adolescentes que se apaixonam, mas que não podem ficar juntos devido ao fato de um deles não ser um humano comum.

A história pode até ser semelhante a Crepúsculo, mas ainda assim serve bem para seu propósito, é um livro de Y.A que nos deixa apreensivos em certas partes e suspirando em outras, como deve ser.

A adaptação para o cinema saiu esse ano e tenho que dizer que não gostei em nada, já que de alguma forma os atores principais não me convenceram totalmente e alguns personagens foram cortados, como Marian, a bibliotecária e outros detalhes que não são tão superficiais assim, acho que se tivesse apenas assistido o filme sem ler o livro, ficaria sem entender muita coisa.

Enfim, esse livro serve bem para seu propósito, mas antes de assistir ao filme, leia o livro que será muito melhor.