O Homem que Calculava
Qual não foi a minha surpresa ao saber que Malba Tahan é o heterônimo de Júlio César de Melo, um autor brasileiro que viveu entre 1895 e 1974.
Júlio era um matemático, e como tal trazia em suas obras esse mundo dos números, algo que ele acreditava ser muito melhor para ensinar a matéria que os métodos ultrapassados da época.
O pseudônimo de Júlio, Malba Tahan possui até mesmo uma história, de acordo com o autor este personagem, cujo nome completo seria Ali Yezid Izz-Eddin Ibn Salim Hank Malba Tahan, teria nascido na cidade de Brasília , próximo a Meca, a 6 de maio de 1885. Teria feito seus estudos no Cairo (Egito) e Istambul (Turquia). Após a morte de seu pai, teria recebido vultosa herança e viajado pela China, Japão, Rússia e Índia, onde teria observado e aprendido os costumes e lendas desses povos. Teria estado, por um tempo, vivendo no Brasil. Teria morrido em batalha em 1921 na Arábia Central, lutando pela liberdade de uma minoria local.Seus livros teriam sido escritos originalmente em árabe e traduzidos para o português pelo também fictício Professor Breno Alencar Bianco.
Em homenagem a Malba Tahan, o dia de seu nascimento (6 de maio), foi declarado o dia do matemático, tamanha é a contribuição do autor nesse campo.
A obra mais famosa do autor é O Homem que Calculava lançado em 1938.
A história é narrada por Hank Tade-Maiá, amigo de Beremiz Samir, que é o personagem principal, o nosso homem dos cálculos. Hank encontra Beremiz quando viajava para Bagdá e eles acabam viajando juntos.
Já no caminho até Bagdá, Beremiz já resolve problemas, como a partilha dos 35 camelos entre 3 irmãos e o pagamento de oito pães com oito moedas que ele mostra a divisão de três maneiras diferentes, a simples, a correta e a perfeita.
Quando chega a Bagdá ele rapidamente se torna famoso por seus conhecimentos e emprega-se como secretário do grão-vizir Ibrahim Maluf.
Até mesmo o califa concede uma audiência a Beremiz e para testar definitivamente sua astúcia com os números ele propõe um desafio para o calculista, se Beremiz resolvesse sete problemas propostos por sete sábios, ele teria a mão de Telassim, filha do califa, em casamento.
Esse livro é muito bom para quem gosta das artes da matemática e para quem não gosta também, já que ele nos mostra maneiras curiosas e diferentes de resolver problemas que a primeira vista não teria uma solução tão simples.
A linguagem do livro é simples e não traz fórmulas complexas, nem apanhados de história matemática de difícil compreensão, mas traz o cálculo puro e simples em situações do dia-a-dia de Beremiz.
Esse clássico é atemporal e é com certeza uma grande leitura.
Eu nunca li o livro, mas tenho muita vontade de ler!!
ResponderExcluirAdorei sua resenha!! :)
Beijos!