A um certo tempo eu escrevi um conto para participar de um concurso, mas acabou que meu conto saiu maior que o pedido.
Acabei não participando do concurso, mas queria dividir meu conto com você, então, a partir de hoje vou publicar partes do conto, para que a leitura não seja cansativa.
Espero que goste!
O conto se chama :

 Caído

O silêncio obscuro do lugar desnorteou-a, a floresta estava tão escura que ela mal conseguia enxergar a própria mão diante dos olhos, a lanterna de pilhas fracas não ajudava muito a quebrar a escuridão.

Por experiência própria ela sabia, que mesmo na calada da noite aquele lugar não era tão silencioso assim.

Ela repassou em sua mente mais uma vez o que vira para tentar se convencer mais uma vez de que não estava ficando louca.

O calor estava insuportável e ela não conseguia dormir, na verdade desde que deitara estava rolando na cama de um lado para outro desinquieta.

Sem suportar mais ela foi a te a janela ver se conseguia refrescar-se com alguma brisa que, por ventura estivesse circulando por ali e teimara em não entrar em seu quarto.

Foi aí que ela viu uma estrela cadente que parecia mais próxima do que deveria e cada vez chegava mais perto e mais e mais, a luz era intensa, até que caiu em meio as árvores da floresta sem fazer qualquer barulho, sequer um farfalhar de folhas.E num salto ela pegara sua lanterna velha e pulara a janela trás do que vira.

Catarina sabia que estava perto, tinha que estar, sentia isso e a temperatura ali parecia mais baixa que no momento em que ela entrara na floresta, quando estava suando a cântaros, agora sequer parecia que estava calor em alguma parte daquele lugar.

Logo depois da seringueira que estava a poucos passos dela era possível ver uma clareira, mas ela conhecia aquela floresta como a palma de sua mão, sabia que aquilo era novo, ali não havia clareira alguma, não desde o dia anterior.

Com passos leves e cuidadosos, buscando fazer o mínimo possível de barulho ela aproximou-se  do centro do lugar e viu algo que ela não imaginara encontrar ali, mesmo porque ela esperava que houvesse um meteoro, ou até mesmo uma nave espacial, mas não esperava ver-se diante de um rapaz caído, desacordado e nu.